segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Jô Cunha atravessa o Atlântico


VOEI...



Voei sem asas Numa noite escura.A chuva caía Na planura De um sitio sem casas E eu voava.O vento rugia Fazendo secura Nas terras rasas E eu voava.A neve caia Branca e pura De salpicos fugazes E eu voava voava.. E voei, voei, voei…Então Sorte danada Em teu dorso eu pousei E acordei.Senti o calor Do teu corpo em repouso Senti o volume Do teu peito Com arfar cadenciado.Perfeito.Senti a curvatura Das tuas coxas Sobrepostas A preceito Escondendo, porventura Algum tesouro Que querias guardar.Senti o odor Forte e doce Da tua flor.Não resisti.Envolvi-te em meus braços Acordei-te lentamente Sorriste E entregaste-te E eu voei, voei, voei….


Jocunha.2008/01/16

2 comentários:

  1. Postar um poema de Jô Cunha é um honra e um prazer inenarráveis..Pois escrevem como vc meu amigo muito dificil, e neste meu canto só mesmo os meus prediletos,Entre Neruda, Camões, ...Vinicius ... Aramis..Mendi, esta você meu mais querido amigo, obrigada por me permitir ter aqui uma de suas poesia e grata pelo carinho da visita e das palavras tão lindas, meu beijo meu carinho meu respeito..Isabel**e mais uma vez obrigada por me permitir te-lo aqui...

    ResponderExcluir
  2. Oi cara amiga. Algo está errado nesta história .... Quem tem que agradecer sou eu e não tu. Agradecer por mostrares meus singelos poemas. Agradecer porque foste tu que me fizeste abrir os olhos para a poesia. Há dezenas de anos que eu não "poetava" (esta palavra é tua ...)e tu me fizeste despertar, foste (és) minha musa. E obrigado principalmente por seres minha amiga. Um beijão

    ResponderExcluir

Adoro quando voce comenta...