quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Desde sempre, desde o inicio ..



Já não me lembro  mais ... desde quando... de como começou...
ja nem lembro mais o quanto  imagino tuas mãos, me tocando serena e calma,
ja nem lembro mais... o quanto imagino  tua boca tocando a minha ... teus dedos
dedilhando meu  corpo... tua saliva molhando minha pele ...tuas pernas entre 
as minhas... teu calor  se misturando  ao meu... Ja não lembro mais ...desde
quando... Me perdi nas tuas palavras e em teu amor... Me perdi entre teus sonhos
entre teus desejos ...Ja não sei mais onde começa a realidade e acaba o sonho...
Ja não lembro mais ...Me perdi em teu desejos, me encontrei em teu amor...

Desde sempre ... desde o inicio ...


Isabel
26/11/2014

quarta-feira, 12 de novembro de 2014


Quando eu estiver diante do portal,
para lá da ponte,
para lá do homem,
para lá de mim,
tu me perguntarás:

Ultrapassaste o país?
Ultrapassaste a ponte?
Ultrapassaste o homem em ti?
Ultrapassaste a ti mesmo?

Direi então: tudo isso foi ultrapassado?

Mentir é impossível
pois ver-te-ás a ti mesmo em mim;
e o que de ti em mim não vires,
será por mim em mim sentido:
isso não foi ultrapassado.

Manda-me então de volta
à ponte,
ao país,
aos homens,
a mim mesmo,
para lá dissolver o resto
que não foi ultrapassado,
o que não reconheceste de teu.

E quando eu voltar
à ponte,
ao país,
aos homens,
a mim mesmo,
então saberei:
que nada nada mais resta em mim
que te impeça
de seres tu mesmo em mim.

(Emiel de Keyser)

domingo, 5 de outubro de 2014

Carlos Drummond de Andrade


QUEM MORRE?

Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo
Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar. 
Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajeto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou 
Não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos 
Olhos e os corações aos tropeços. 
Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz 
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto 
Para ir atrás de um sonho, 
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos... 
Viva hoje!
Arrisque hoje!
Faça hoje!

Não se deixe morrer lentamente!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

A Arte de Ouvir (nem mais nem menos o que eu diria)



Tem uma frase muito conhecida que diz o seguinte: “quem fala o que quer, ouve o que não quer”
Eu particularmente tenho outra teoria… a gente só ouve o que quer.
Falar, todo mundo diz uma multidão de coisas. Mas ouvir, é uma arte.
Tem pessoas que conseguem colocar um filtro no ouvido e separar o que ouve: a verdade e a mentira.
Mas a maioria prefere filtrar entre o que lhe favorece e o que não lhe favorece.
As vezes, encarar um erro é tão difícil, e o orgulho é um item tão confortável, que é mais fácil mentir e buscar mentiras pra ouvir, do que encarar os fatos e voltar atrás.
Andei pensando nisso nesses dias. Coisas que podiam ser tão diferentes… bem melhores… mas, é a gente que escolhe o que quer ouvir e acreditar.
Não vou mais me importar com falácias. Pq depois de muito levar “toco no cuco” aprendi a filtrar verdade da mentira. Quem mente muito se enrola muito.
Minha vida já é enrolada com as verdades… imagina se eu perder meu tempo com mentiras.
Fiz minha parte, voltei atrás do que fiz errado, pedi desculpas, fiz o possível pra resolver meu impasse. Mas isso não depende só de mim.
Então deixei pra lá. Não vou me matar por isso.
Cada um escolhe o que ouvir. Escolhe no que acreditar. Escolhe o que fazer ou como proceder. Só posso cuidar das minhas escolhas.
Pelo menos minha consciência está tranquila… independente do que escolham falar ou acreditar ao meu respeito.
Pra quem acha que Deus está longe, indiferente, inatingível, e que nunca tomará partido, pra mim isso nunca ocorreu.
Deus sempre esteve presente e sempre tomou partido… inclusive pra me cobrar quando sou eu que erro.
Que cada um sofra suas próprias consequências… já tenho as minhas pra me preocupar…

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Meryl Streep


Já não tenho paciência para algumas coisas, não porque me tenha tornado arrogante, mas simplesmente porque cheguei a
 um ponto da minha vida em que não me apetece perder mais tempo com aquilo que me desagrada ou fere. 
Já não tenho pachorra para cinismo, críticas em excesso e exigências de qualquer natureza. 
Perdi a vontade de agradar a quem não agrado, de amar quem não me ama, 
de sorrir para quem ...quer retirar-me o sorriso. Já não dedico um minuto que seja a quem me mente ou quer manipular. 
Decidi não conviver mais com pretensiosismo, hipocrisia, desonestidade e elogios baratos.
Já não consigo tolerar eruditismo selectivo e altivez académica. Não compactuo mais com bairrismo ou coscuvilhice.
Não suporto conflitos e comparações. Acredito num mundo de opostos e por isso evito pessoas de carácter rígido e inflexível. 
Na Amizade desagrada-me a falta de lealdade e a traição. Não lido nada bem com quem não sabe elogiar ou incentivar. 
Os exageros aborrecem-me e tenho dificuldade em aceitar quem não gosta de animais. 
E acima de tudo já não tenho paciência nenhuma para quem não merece a minha paciência."

Meryl Streep — 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Pra voce ...



Eu queria te pedir desculpas, por minhas culpas despejadas,
 por minhas palavras mau pensadas, por minhas imperfeições multiplicadas.
 Sempre disse que não sei fazer de conta, transparente além da conta.
 Desculpa minha falta de modos, meu jeito de falar, de andar sem jeito, é que não sei ser graciosa,
 tenho dias de verso outros de prosa.
 Saiba que meu lado briguento é bem carinhoso e o meu não chegue perto, possui os braços abertos.
 Quando digo que aguento o tranco, que sou forte, é nesse momento que viro filhote.
 Você é minha boca sorrindo, meu olhar dormindo, meu cuidado, 
meu ninho, com você crio asas, mudo de casa, viro passarinho.

Renata Fagundes

terça-feira, 24 de junho de 2014

Amei este texto ..



"Contei meus anos e descobri
Que terei menos tempo para viver do que já tive até agora
Tenho muito mais passado do que futuro
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de jabuticabas
As primeiras, ele chupou displicentemente
Mas, percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades
Inquieto-me com os invejosos tentando destruir quem eles admiram
Cobiçando seus lugares, talento e sorte
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas
As pessoas não debatem conteúdo, apenas rótulos
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos
Quero a essência... Minha alma tem pressa
Sem muitas jabuticabas na bacia
Quero viver ao lado de gente humana, muito humana
Que não foge de sua mortalidade
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade."
__Ricardo Gondim

terça-feira, 10 de junho de 2014

....



"Sou terra molhada, luz da lua, cheiro de alecrim...
Amo a vida com tudo o que ela me presenteia...
As decepções, as lutas, as traições, as desilusões...
Sou argila moldada pela vida!
Vou aonde devo ir...Estou onde devo estar!"

Andréia Hermann

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Saudadess



Saudades 

Sinto saudades do dia em que nunca nos encontramos.
Sim, daquele em que não nos vimos pela primeira vez.
Desse em que nunca te tive.
Daquele em que não falaste o que eu não queria ouvir.
De nossa primeira noite que não ouve, quando deixamos de conhecer-nos
biblicamente ate o desmaio.
Tenho sêde da noite em que nem começamos a beber-nos.
Sinto fome dos momenteos em que nem estavamos um no outro, devorando-nos
gota a gota.
Poderia desenhar nos mínimos detalhes, tudo o que não aconteceu .
O amor que não explodiu; o desejo que não cristalizou,; todo esse nada que não
vivemos tão intensamente separados.
É uma saudade tão grande !!...
Uma saudade como se nunca tivesse acontecido.
Como este afago que não te mando, e que ainda, nunca o receberás.

Bruno Campbell

terça-feira, 20 de maio de 2014

Pudores ...



Que pudores posso ter
se o teu toque me desmonta.
Esse toque visceral, 
imoral, e imperfeito.
Mas que percorre o meu corpo suado
e te transforma nas sendas
do meu pecado
Que pudores posso ter
se a tua boca insana
me estremece nessa cama
fazendo o inimaginável no meu ser


Que pudores posso ter
se me engoles por inteiro
e me devoras de janeiro a janeiro
nos inarráveis momentos de amor
sem hora marcada para acontecer

Que pudores posso ter?

(AD)

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Tenho-te ...



Tenho-te em tuas umidades, no calor do teu abraço e nas gotas de suor que se espalham pelo teu corpo.
Tenho-te em tua pele lisa, teus cabelos colados, teus pêlos grudados, teu visgo, tuas águas, teus caminhos de charcos, os pequenos rios no teu pescoço, o sabor salgado do lóbulo da tua orelha, tua testa brilhante, tuas narinas abertas, tuas pupilas dilatadas.
Tenho-te em alta temperatura misturado a mim, confundido em líquidos e sumos, sede e fonte, mar em onda, céu de chuva.
Tenho-te emaranhado e deslizante, em vapor e respingos, em poros abertos, em cheiro de bicho, em cio de gente.
Tenho-te na língua que colhe o gosto, nos lábios que escorregam, na boca que dança lúbrica por frestas molhadas e se embriaga de essências profundas, de perfumes e cansaços.
Tenho-me docemente embebida por ti.

domingo, 4 de maio de 2014

E se eu dissesse que te amo tanto tanto ...


E se eu dissesse que te amo tanto, que te amo mais absolutamente pregado à luz das paredes, 
ao amarelecer da tarde em que te ausentas, ao entardecer do dia em que teu cheiro revoa preso ainda às almofadas, 
à cama, aos livros que estiveste lendo, à tua mesa. E se eu dissesse que te amo tanto, que te amo ainda e mais,
 num amor que espera à janela, que floresce silencioso nas frestas das pedras, nas ranhuras da sacada e vai se urdindo solar contra as nuvens, 
contra os cinzas, contra a ferrugem do tempo e vai descobrindo os doces embaixo do amargo da língua, onde a palavra é menos signo e mais sinal, 
onde o som é quietude, um descansar de cabeça no teu peito, tua mão entrelaçada à minha, um vazio que se enche rumoroso de cumplicidade branca
e morna. E se eu te dissesse que te amo tanto, que te amo esquecida de como se ama de forma outra que não essa em que me refaço entre tuas mãos, 
em que doem em mim partos de olhar e fome, ânsia do teu corpo, saliva e menta, tabaco e um cheiro doce aqui mais perto do nariz e meus seios são teus. 
E se eu dissesse que te amo tanto.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Mais uma de amor ...


Não que eu te ame assim de corpo inteiro, assim até por entre os intervalos dos dedos, por debaixo da carne, impregnada e torpe, embebida e infestada como quem acha em si um fundamento outro alheio à própria composição, um esqueleto do vento que sopra do próprio hálito. Não que eu te ame, nessas coisas tolas e miúdas, ínfimas e medíocres, ordinárias e despiciendas que enchem os dias, preenchem horas, desperdiçam anos, como o modo que teus dedos mexem pontuando as tuas frases, ou como variam os intervalos dos teus piscares de olhos conforme o assunto de que tratas, conforme teu entusiasmo, conforme a intensidade da luz. Não que eu te ame, nas minimidades e pequenas tragédias, no burilar do tempo, na suspensão triste que permeia as contrariedades despercebidas, os resíduos de fracasso que se agregam à memória dos dias. Não que eu te ame, não. 

(ticcia)

segunda-feira, 24 de março de 2014

Quasímodo





ESMERALDA...

Nada posso além de contemplar tua beleza.
Pois à sombra caminho velando-te e adorando-te.
Minha forma disforme poderia assustá-la.

Porém minha proteção leva-te à segurança nas sombras da noite.
Toco os sinos da torre, mesmo sacrificando minha audição,
Para avisá-la de que estou a sua disposição.
E para que sintas nas palavras que he dou,
A beleza de minha alma e não o asco de minha carne. 

“QUASÍMODO” – (ARAMIS)

domingo, 23 de fevereiro de 2014


Às vezes tu me habitas como ruídos a uma casa, 
como marcas a um rosto que por elas se define 
e te lembrar é voltar ao que há de mais meu em mim mesma,
à parte de mim mesma que me revela e me assombra.

Às vezes eu quase te esqueço,
quase te perco 
e quase sou completamente triste 
e quase sou completamente outra 
sem a interrogação onipresente dos teus olhos, 
sem a incompreensão cúmplice da tua voz.

Estás em mim e não há nada a fazer, 
mesmo a meio da noite, 
quando és um vazio cheio de pontas,
mesmo a meio da frase, 
quando és um gole de ar no lugar do teu nome. 

Tu és meu porque de ti sou feita
e negar-te a mim seria parir-me ao contrário. 

Aceito assim meu ofício de habitar-me tu - 
ainda que a mim nunca regresses, 
mesmo que de mim jamais tenhas partido.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Amor meu Amor


Uma menina .. e um amor maior que ela... um atropelo de sentimentos...
juras de amor...promessas de viver pra sempre... planos de um futuro sem separação...
Dia apos dia ... juntos...tarde, noite,  segundas ...domingos ... manhãs... 
Entre amigos ... amigos queridos, que nos faziam tão  bem ... Um amor como poucos...
Mas amores  muitas vezes esmorecem e o dele   foi assim... rompimentos, tristezas, lagrimas...
dissabores... Depois o retornos ..a felicidade volta e o tempo  passa...entre idas e vindas...
Entre apelos para que ela esquecesse ... e o amor lutava pra ficar ... parecia cisma ... teimosia,
sei lá ... Os anos passaram .. e o amor dela foi quase acabando...Mas  quis o destino que "ele"
voltasse a ser o mesmo ... ressurgiu ... aceitou a mão que ela oferecia e RENASCEU, uma nova vida.
Um outro ser humano... e o amor que hora morria ...floresceu... E como nos contos de fada...
viveram feliz ... E quem não acredita em milagres, eis a prova de um. 

Isabel 
17/01/2013

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

As Mãos ...



Existem mãos que sustentam e mãos que abalam. Mãos que limitam e outras que ampliam. Mãos que se abrem e outras que se fecham. Mãos que se levantam para abençoar.
Mãos que baixam para levantar o caído. Mãos que se estendem para amparar o cansado.
São como as mãos de Deus que criam, guiam e salvam. 
Que nunca faltam. 
Existem mãos e mãos... 
As suas...? quais são?